Um dos argumentos mais comuns de ateus militantes é que a moral independe de religião. Porém, o professor Jeremiah J. Johnson, que leciona sobre história do cristianismo na Universidade Batista de Houston, Texas, resolveu mostrar que isso é uma falácia.
Ele reuniu seu argumentos e uma longa pesquisa histórica para escrever o livro Unimaginable: What Our World Would Be Like Without Christianity [Impensável: como seria o nosso mundo sem o cristianismo]. Em linhas gerais, o erudito argumenta que sem “Sem cristianismo, não haveria civilização ocidental como nós a conhecemos” e também que “sem as leis de Deus, não haveria moral”.
As conclusões que ele chegou são bastante assustadoras. “Não há nada de novo sobre o neoateísmo”, disse ele. “Eles querem nos levar de volta a um mundo de desigualdade, pagão e racista, como era antes do cristianismo. Afinal, sem Deus, não há sentido para a humanidade, não há moral. ”
O livro de Johnson está dividido em três partes: o mundo antes do cristianismo, o mundo sem o cristianismo e o mundo com o cristianismo. Utilizando várias fontes históricas seculares e registros de teólogos e apologetas, ele lembra que, antes da fé cristã “entrar em cena”, o mundo era um lugar bastante aterrorizante.
“Pelos padrões de hoje, seria o inferno na terra”, argumenta. “Pobreza abundante, doenças, mortes prematuras, violência sem medida, injustiça econômica, escravidão e corrupção política seriam a norma em todo o planeta”.
Conforma lembra Johnson, após os ensinamentos de Jesus, a situação das mulheres na sociedade mudou para sempre. As ideias de democracia, o sistema educacional e jurídico do Ocidente devem muito ao cristianismo.
Também aponta que foi por causa da perspectiva cristã que atribuiu um valor inerente à vida humana, que surgiram por exemplo, os hospitais, as creches e os asilos. A percepção de que havia um Deus nos estimulando a amar o próximo que incentivou o surgimento das instituições de caridade, a busca pela justiça social e o sentido de solidariedade.
Johnson também traça paralelos com “as visões de mundo tóxicas” que se fortaleceram no século 19. Ele aponta os “Cinco Grande Inimigos” do cristianismo: Ludwig Feuerbach (1804-1872), Charles Darwin (1809-1882), Karl Marx (1818-1883), Friedrich Nietzsche (1844-1900) e Sigmund Freud (1856-1939).
Em grau maior ou menor, todos eles se opunham ao cristianismo e deram origem a movimentos como o comunismo e o nazismo, sendo este, o “produto final da determinação do Ocidente em se afastar de sua herança cristã”.